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DRAFT AFC LESTE: Necessidades e prospectos

O que para muitos, o início de ano significa pausar e restaurar as energias para um novo ciclo, o mesmo não se pode dizer sobre a NFL e seu fim de temporada. Quando as luzes do estádio se apagam após o último jogo da conferência, é então que o trabalho de verdade começa com as analises sobre expectativas, adaptações, mudanças, planejamentos e repaginação para o início de uma nova temporada, de novos desafios.


Quando falamos sobre a AFC Leste, trazemos quatro times que, apesar de apresentarem oscilações nos resultados obtidos na temporada de 2021/22, uns para melhor e outros nem tanto, ainda há muito o que ser feito pelo fortalecimento de fraquezas que, apesar de óbvias em alguns casos, seguem perseverando como o "calcanhar de Aquiles" dessas equipes correspondentes ao Buffalo Bills, New England Patriots, Miami Dolphins e New York Jets, e, claro, não há momento mais oportuno de reparação que o draft para ajustar não apenas o que está em falta, mas potencializar o time com a chegada de novos e, principalmente, bons jogadores.



Analisando a tabela de classificações da última temporada, o número de vitórias e derrotas dos times é quase equilibrado, o que não se pode dizer o mesmo sobre o New York Jets com suas 4 vitórias e 13 derrotas que, apesar de ter recebido reforço do quarterback Zach Wilson e obtido bons resultados na pré-temporada, gerando uma certa esperança sobre a reconstrução do time que carrega em seu histórico um Super Bowl conquistado em 1969, a franquia acabou em último lugar na divisão. Quem levou a melhor foi o Buffalo Bills com o primeiro lugar que, apesar de ter se aproximado de ganhar o título da AFC sob o comando Josh Allen, perdeu para o Kansas City Chiefs em um jogo eletrizante, considerada uma das melhores partidas da temporada com direito a overtime suado para ambas as equipes. Os Bills seguem, até o momento, sem Super Bowls. O segundo lugar da divisão ficou para o New England Patriots e em terceiro o Miami Dolphins.


Buffalo Bills

Escolhas: 25°, 57°, 89°, 130°, 168°, 185° 204° e 232°

Necessidades: RB, OL/WR, CB


As expectativas com relação ao Buffalo Bills para a temporada 2021/22 foram altas desde o princípio. A evolução do quarterback Josh Allen vem refletindo toda motivação necessária que a equipe de Buffalo poderá conquistar com a qualificação da comissão técnica que não deixou a desejar na última temporada. Porém, com a saída do coordenador ofensivo, Brian Daboll, que agora é head coach do New York Giants, caberá a Ken Dorsey, treinador de quarterbacks e coordenador do jogo aéreo, aprimorar a linha ofensiva.


Sobre Devin Singletary e Zack Moss, que jogam na posição de running back, ambos possuem médias aceitáveis quando o assunto é jogo corrido, assim como a defesa, mas, por muitas vezes, a dupla não funciona tão bem deixando a maior parte do trabalho nas mãos de Josh Allen. No geral, Buffalo não foi consistentes nesse quesito gerando saídas embaraçosas durante a segunda metade da temporada. Já o cornerback Tre’Davious White, mesmo sendo um dos jogadores mais bem pagos da sua posição dentro da NFL, precisará de reforços, ainda mais após sua lesão no ligamento cruzado no jogo contra os Saints na semana de ação de graças.


Na semana 11, os Bills cederam 264 jardas para o Indianapolis Colts. Na semana 13, cederam 222 jardas para o rival New England Patriots. Em sua derrota na rodada divisional para o Kansas City Chiefs, Buffalo rendeu 182 jardas no chão. Além disso, a linha defensiva dos Bills deve ver Mario Addison, Jerry Hughes, Vernon Butler e Harrison Phillips atingirem a free agency. Recarregar a linha defensiva faria mais sentido neste draft.


Os prospectos atuais são o CB Trent McDuffie de Washington. Rápido, mas não é um defensor de corrida superativo. Versátil, podendo ser movido para o slot com facilidade. Conscientização também é qualidade. Devonte Wyatt, DT da Geórgia faria muito sentido, jogou várias posições ao longo da linha na defesa da Geórgia e pode se encaixar na rotação da linha defensiva de Buffalo imediatamente.


Já no ataque, os reforços possíveis para as escolhas seguintes temos o OL Cole Strange de Chattanooga, com olhos disciplinados e bom trabalho de pés, joga com boa alavancagem, versatilidade na guarda e no tackle. O ajuste ideal para um esquema de bloqueio de zona ampla. Isaiah Spiller, RB do Texas, possui habilidades de corte dinâmicas, visão de ponta e equilíbrio de contato, pode fazer os defensores errarem imediatamente após receber a transferência, encontrando vincos na defesa. O TE Jelani Woods da Virginia tem uma rapidez surpreendente como um corredor de rota, quebras violentas e seu comprimento também é uma grande vantagem, o que ajuda com raios de captura e bloqueios.


New England Patriots

Escolhas: 21°, 54°, 85°, 127°,158°, 170°, 211° e 211°

Necessidades: WR, OL, LB, CB


Repleto de reformulações e especulações, ainda mais com a chegada do novo quarterback, Mac Jones, o Patriots, por muitas vezes, descuidou-se ao tentar proteger seu quarterback custando lances que poderiam entregar a vitória. OS WR perdiam-se constantemente nas oportunidades de comandar os lances escancarados do jogo, mas perdiam-se sempre na hora de agir. A linha ofensiva de New England perdeu os titulares Shaq Mason (trade) e Ted Karras (free agency) nesta offseason, deixando aberta a possibilidade em sua lista que espera-se uma boa profundidade contratual. O destaque dos linebackers com toda certeza foi para o Hightower assumindo responsabilidades extras na posição, assim como Van Noy que jogou 75% dos snaps como linebacker, porém, foi liberado do contrato com o time. No fim, o que mesmo são linebackers é velocidade.


O New England Patriots pode pensar muito sobre a contratação de um novo receptor número 1 para o quarterback Mac Jones. No entanto, Bill Belichick não tem o melhor histórico de draftar wideouts cedo, como evidenciado pelo desenvolvimento de N'Keal Harry. No entanto, Belichick conhece bem os cornerbacks e pode precisar de um com o Pro Bowler JC Jackson indo para a free agency.


Os prospectos cotados para o time, conforme o histórico do HC Bill, acabam por recair sobre o cornerback de Cincinnati Ahmad Gardner, um defensive back talentoso e versátil que se encaixaria perfeitamente no sistema do time. O safety Daxton Hill, do Michigan, apresenta versatilidade para jogar como safety ou cornerback, grande velocidade, facilidade de mudança de direção e antecipa bem os lançamentos. Já o CB Tariq Woolen de Texas-San Antonio, apresenta um físico monstruosamente alto e linear com velocidade, consciência sólida da bola, mas não faz muitas finalizações quando está pressionado. Grande capacidade de salto. Ainda na defesa, O LB Jack Sanborn de Wisconsin é forte, bom tackleador de campo aberto, se encaixa bem nas lacunas de corrida.


Passando para o ataque, o OL Dylan Parham de Memphis, poderá trazer uma proteção extra para o novato Mac Jones, protetor compacto de poder enganoso por sua estatura e rapidez de área curta. Por fim, mas não menos importante, um recebedor poderá ser escolhido para o quarterback queridinho do Boston, o WR Kyle Phillips da California. Construído para o slot, boa mudança de ritmo fora da linha de scrimmage para criar separação no início da rota.


Miami Dolphins

Escolhas: 102°, 125°, 225°, 248°

Necessidades: OL, C


Ocupando o terceiro lugar da divisão, o Miami Dolphins foi um verdadeiro misto de sentimentos para a liga durante seus 20 jogos atuando, incluindo a pré-temporada. Em uma visão geral, o time vem evoluindo para melhor mesmo que em passos lentos, mas o suficiente para a parabenizar Brian Flores, ex head coach da equipe, que veio trabalhando cada necessidade para sua reconstrução, apresentando uma das melhores defesas da liga na última temporada. Hoje, o time conta com Mike McDaniel como técnico principal.


Indo para sua terceira temporada na liga, o quarterback Tua Tagovailoa vem fazendo história em Miami, apesar de algumas atuações atrapalhadas e seu histórico de lesões que lhe permitiram apenas 12 jogos como titular na temporada passada. Lembrando que o mesmo não trabalha com uma boa linha ofensiva, o que costuma ser um problema que espera ser suprido com os reforços do WR Tyreek Hill e os RB's Cedrick Wilson e Raheem Mostert, além do LT Terron Armstead.


O ex-coordenador de run-game e coordenador ofensivo do San Francisco 49ers deixou claro que seu maior objetivo é "obter grandeza" do quarterback Tua Tagovailoa. Presumivelmente, parte da estratégia de McDaniel envolverá a construção de um poderoso ataque rápido.


Com isso, naturalmente é de se esperar que o Miami faça um draft prioritariamente de jogadores de ataque. Os Dolphins não têm um corredor que muda o jogo como Elijah Mitchell ou Deebo Samuel em sua lista. Adicionar Kenneth Walker III da Michigan State pode mudar isso. Walker, o running back mais bem classificado no board B/R , é rápido, físico e capaz de lidar com uma carga de trabalho considerável. Na temporada passada, ele carregou a bola 263 vezes para 1.636 jardas e 18 touchdowns. Sendo portanto de grande valia para unir forças com o Jaylen Waddle.


Outro prospecto é o LT Kellen Diesch do Arizona, que quando realiza seus conjuntos de movimentos, permite que se espelhe bem e use seus braços e mãos com muito mais eficiência. Ainda temos o EDGE Alex Wright do Alabama, com rapidez e versatilidade para jogo terrestre ou aéreo, seus braços longos permitem uma movimentação dinâmica.


New York Jets

Escolhas: 4°, 10°, 35°, 38° 69°, 111°, 117°, 146° e 163°

Necessidades: WR, RT, EDGE, LB, CB


Iniciando uma boa pré-temporada com direito a vencer o Green Bay Packers e um empate contra o Philadelphia Eagles, o que cogitou ser um momento de respiro para os Jets, transformou-se em um festival de dores de cabeça que resultaram no último lugar da divisão com apenas 4 vitórias em 17 jogos, uma campanha desanimadora.


O New York Jets tem duas seleções no top 10 graças à troca que enviou Jamal Adams para o Seattle Seahawks. Os Jets devem se sentir confortáveis ​​em pegar o melhor jogador disponível com a primeira dessas seleções. Há uma chance razoável de que o melhor jogador seja o pass-rusher de Purdue, George Karlaftis, além de ser um ótimo fazedor de sacks, o jogador é adepto de forçar o colapso do pocket e ir diretamente ao quarterback adversário.


Ainda na defesa os Jets precisam de jogadores como o DL Travon Walker, da Georgia, alto, forte e usa seus braços longos para sua vantagem em quase todos os snaps. Não se move facilmente, mas força o ajudará a se adaptar rapidamente. O LB Brian Asamoah de Oklahoma, também mostra grande equilíbrio e capacidade de se mover livremente de uma linha lateral para outra. Por fim, o DT Neil Farrell Jr da LSU, é um bom defensor de bloqueio no jogo corrido e ele se apressará pela parte traseira para fazer desarmes. Trabalha duro para contornar a borda dos bloqueadores.


Já reforçando o ataque, o WR Drake London da Califórnia, tem controle corporal insano, faz capturas bem fora de seu quadro com facilidade. Ainda uma ameaça vertical por causa de seu tamanho, capacidade de salto e habilidades com a bola. E o RB Breece Hall de Iowa, além de rápido, possui equilíbrio de contato e movimento, misturando estilos, jogando sem perder muito vapor utilizado frequentemente jogo de passe.








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