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New England Patriots: Uma nova esperança


A palavra dinastia caracteriza-se pelo período de sucessão ao trono por membros de uma mesma família que compartilham do mesmo sangue e, naturalmente, lutarão pela mesma causa e pelo seu povo.

Apesar de alguns desvios de conduta que a história da humanidade possa nos contar, se pensarmos nesta definição no âmbito esportivo, chegamos ao ideal de que todo time, independente de sua história, é uma dinastia, em que seus componentes vão e vem construindo legados, tendo como sangue suas camisas a qual defendem em prol de vitórias para sua nação, e fazem de seus companheiros de equipe sua família.


Tamanhos aspectos citados, levam-nos até um dos times mais populares do futebol americano: o New England Patriots.


O time de Boston criado em 1959, reúne em seu histórico 11 títulos de conferência, sendo 6 deles como campeão do Super Bowl, guiados por ninguém menos que o 5 vezes MVP, Tom Brady - o quarterback com maior número de vitórias na NFL - e, claro, sem nos esquecermos da mente brilhante por trás desse time, Bill Belichick, um dos maiores técnicos da história do esporte.


Apesar desta pequena introdução não fazer jus aos 62 anos de história da dinastia bostoniana e seus incontáveis feitos heróicos, esquece-se com frequência sobre a capacidade de resiliência desse time em reinventar-se tantas vezes para voltar aos campos, principalmente na situação atual em que vivem, um período “d.B” (Depois de Brady, que aposentou-se esse ano após 22 anos de carreira, sendo 20 deles dentro de New England), com todos os holofotes em busca do futuro salvador da franquia habituada a concentrar todas as suas expectativas em apenas um nome.


Vito "Babe" Parilli

Voltando ao passado, podemos destacar alguns dos grandes nomes que atuaram pela equipe como Butch Songin, primeiro quarterback titular da então equipe chamada de Boston Patriots. Mas, foi com a entrada de Vito “Babe” Parill, que teve passagem por algumas franquias como Green Bay Packers, que consolidou não somente sua carreira em 1960, mas reuniu algumas conquistas em meio a 7 temporadas o qual jogou, batendo recorde de passes para touchdown em apenas uma temporada (marca quebrada por Tom Brady em 2007) e aumentando ainda mais a popularidade dos Patriots.


Tony Eason

Após muito tentar ultrapassar os playoffs divisionais, na temporada de 1985/86, Patriots ganham seu primeiro título como campeão da AFC ao derrotar o Miami Dolphins sob o comando de Tony Eason, que disputava palco de quarterback titular com Steve Grogan, chegando ao tão almejado Super Bowl, mas, infelizmente, perderam o título para o Chicago Bears (único título do time) e sua defesa, estando New England revestido de passes perdidos e substituições não preventivas.




Apesar do fatídico desfecho 46-10, os olhos voltaram-se para os Patriots novamente, mesmo que fosse para comentar as gafes daquela decisão.


Em 1996/97, novamente em meio a busca de vitórias através de wild card e playoffs, o título de campeão da AFC retorna para o New England Patriots após derrotar o Jacksonville Jaguars em casa, tendo Drew Bledsoe como quarterback do time com a promessa de uma segunda chance de, finalmente, levar o troféu Lombardi para casa. Tudo estava caminhando bem para o time de Boston, se não fosse o Green Bay Packers também chegar à final e conquistar uma vitória de 35-21 diretamente da Louisiana, contabilizando assim seu terceiro título no Super Bowl e liquidando qualquer chance de New England a partir do segundo quarto.


Drew Bledsoe

Sobre Drew Bledsoe, com toda certeza podemos dizer que ele era um dos maiores nomes do ataque do Patriots nessa época. Jogador de passes fortes e precisos, foi a primeira escolha do draft de 1993, tornando-se assim o quarterback titular do time, e quebrando uma seca que estendia-se desde 1986 sem qualquer aparição da Nova Inglaterra na pós-temporada. Um herói para boa parte da nação, ocupante do segundo lugar do Hall of Fame da franquia, e que, com certeza, não contava que em 21 de setembro de 2001 sua vida mudaria para sempre, assim como a de seu reserva draftado em 2000, diretamente da Universidade do Michigan.


Bledsoe sofreu uma lesão grave após ser bloqueado pelo linebacker do New York Jets, Mo Lewis. Inicialmente, o mesmo julgou não ter sido nada grave e permaneceu em campo, até ser substituído quase no final da partida por Brady.


Quando chegou ao hospital, os médicos avaliaram e concluíram que a pancada gerou hemorragia interna, fato que deu início à involução da carreira de Drew, mas a ascensão do então anônimo futuro GOAT e referência mundial na NFL, Tom Brady.


Tom Brady e Bill Belichick

O time já encontrava-se sob a liderança do Head Coach, Bill Belichick, encaminhando-se para o princípio da história que praticamente TODOS conhecem pelo enredo majestoso, voltados para os 6 títulos que ergueram a franquia e os muitos recordes de Tom Brady e toda a equipe de New England. Mas todo reinado tem um fim e, após 20 anos jogando pelo time azul, vermelho e branco, Brady decide não renovar seu contrato e assina com o Tampa Bay Buccaneers, na Florida.


Além de toda tristeza, inconformidade e apreensão que cercava Boston, também pela saída de outros jogadores daquele elenco considerado imbatível, um questionamento não deixava de ser pauta em todos os cantos: Quem iria substituir a lenda e perpetuar o legado de vitórias?

Cam Newton

O primeiro da lista foi Cam Newton que, antes de aceitar a missão, a qual tentou cumprir na temporada de 2020/21, escreveu uma bela história na Carolina do Norte jogando pelos Panthers, com direito a título de MVP em 2015. Logo, estava tudo certo para não dar errado. Uma animação sem igual foi enchendo o coração de todos nos primeiros jogos da temporada, em vista da bela atuação do jogador até a bye week, onde tudo foi por água abaixo. No fim das contas, Cam acabou voltando aos Panthers em 2021.


A busca da perfeição não tem sido fácil. Após oscilações nas estatísticas de desempenho do time durante a temporada de 2020/21, excluindo qualquer possibilidade de playoffs, os Patriots retornaram a temporada de 2021/22 trazendo grandes esperanças, apesar dos erros recorrentes que precisam ser revisados pela comissão técnica.


A entrada de novos membros e a ascensão de outros já presentes na casa destacou-se durante as narrações dos jogos, mas nenhum nome foi tão cotado na praça quanto o do novato Mac Jones, atual quarterback do time draftado em 2021 da Universidade do Alabama.


Sendo esse seu ano de estreia, Jones foi além das possibilidades ao chegar nas finais em busca de uma vaga no Super Bowl, após um início duvidoso na temporada e muitos questionamentos, mas o rookie não desistiu, assim como seus companheiros.


Mac Jones

A cada partida, um novo ajuste. A cada fracasso, um aprendizado. Cada jarda conquistada dentro e fora de campo, uma vitória para todos, pois, mais uma vez, New England mostrou-se tão forte quanto nos outros anos.



Os Patriots podem não ter ganho o título, mas, com certeza, mostraram a confiança necessária para voltar a acreditar não apenas em um nome, mas em um conjunto bem orquestrado e trabalhado que poderá evoluir para melhor com grande chance de retomada ao seu pedestal no futuro.


Fotos: NFL Brasil, CBS Sports, ESPN, Pats Pulpit, LANCE!, ABC7 New York, Sports Illustrated.


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