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DRAFT AFC OESTE: Necessidades e Prospectos

A divisão Oeste da American Football Conference vem para a temporada de 2022 como a mais forte de toda a liga.


Com toda a movimentação que ocorreu na offseason, aparentemente o favoritismo e a hegemonia do Kansa City Chiefs nos últimos 5 anos estarão ameaçados pelos seu rivais de divisão. Entre trocas, renovações, reforços da free agency e escolhas do Draft, a divisão se tornou a mais competitiva e os confrontos entre os times são os mais aguardados desta temporada.


Vamos fazer uma análise de como será o Draft dessas equipes e o quanto ele irá acirrar ainda mais a corrida por uma vaga nos playoffs.


Denver Broncos

Escolhas: 64, 75, 96, 115, 116, 152, 194, 234 e 250

Necessidades: OT, CB, LB, EDGE


O time de Denver deu o start na sua nova era com a troca de Russell Wilson. Com esse reforço de peso, os Broncos receberam uma escolha de 4ª rodada e enviaram para o Seattle Seahawks duas escolhas de 1ª rodada, duas de 2ª rodada, uma de 5ª rodada e 3 jogadores o Quarterback Drew Lock, o Tigh End Noah Fant e o Defensive End Shelby Harris.


Sem suas principais escolhas para o Draft deste ano, os Broncos irão focar apenas em construir algumas posições que envolvam profundidade e em possíveis necessidades.


Na linha ofensiva o time tem necessidade de um right tackle. Nesse ponto algumas boas opções são o OT Max Mitchell (Louisiana Ragin' Cajuns) e OT Nicholas Petit-Frere (Ohio State), caso nenhum time os pegue antes. Mitchell tem a profundidade que o time precisa, com controle de corpo e flexibilidade consistentes com uma ótima alavancagem e controle de jogo, porém não teve muitos confrontos competitivos no college e estaria abaixo do peso desejado para OL. Petit-Frere, por sua vez, não tem problemas com o peso e ainda assim tem muita agilidade para a posição, além de já ter experiência como tackle tanto do lado direito quanto do esquerdo, a problemática no caso dele estaria em perda de confiança durante o jogo, o que fragiliza sua competência.


Já na defesa o time tem uma demanda por LB e CB, além do fato de que outro pass rusher seria muito bem vindo, especialmente com a classe de EDGE desse ano sendo tão talentosa.


Com isso, na 64ª escolha, o jogador que cairia no colo do time de Denver seria o DE Kingsley Enagbare (South Carolina). Enagbare é uma força intimidadora com grande explosividade e versatilidade para chegar ao quarterback de várias maneiras. No quesito LB o time pode contar com Christian Harris (Allabama), jogador com força física o suficiente nos tackles, além de se valer de sua ausência de limitações físicas para executar qualquer função necessária para a defesa. Por fim, o CB Martin Emerson (Miss. State) seria de suma importância para os Broncos, com ótima qualidade de interceptação da bola e disciplina para não cometer penalidades, o jogador traria uma paciência e um controle de jogo excepcional para a secundária do Denver.


Os Broncos não jogam os playoffs da NFL desde a temporada de 2015, a última de Peyton Manning, que acabou com o título do Super Bowl 50, o terceiro da franquia em toda a sua história. Assim, com um novo QB vindo para o time e uma nova esperança para o time, o Draft poderá ser excelente para aparar algumas arestas.


Kansas City Chiefs

Escolhas: 29, 30, 50, 62, 94, 104, 121, 135, 191, 233, 243, 251, 259

Necessidades: WR, EDGE, CB, TE, DT


Substituir Tyrann Mathieu não seria fácil, mas o Kansas City Chiefs fez um trabalho rápido. Preencher um grande vazio com a contratação de Justin Reid foi crucial, pois isso eliminou uma de suas principais necessidades. Além disso, com a ida de Tyreek Hill para o Miami Dolphins o time está agora com 13 escolhas para o Draft de 2022.


Assim, considerando o desempenho precário da defesa do time nas últimas 3 temporadas, o ideal seria focar em potencialmente adicionar outro jogador versátil e rotacional à secundária. O CB Kaiir Elam (Florida) tem potencial para fazer exatamente isso. Ele é físico e rápido o suficiente para se destacar na cobertura de zona ou homem e, como bônus adicional, pode ajudar no suporte de corrida. Outra opção viável para o time seria o CB Andrew Booth Jr. (Clemson) que tem bom tamanho, força e agressividade para aumentar sua cobertura. Ele também tem grandes habilidades com a bola, com faro para grandes jogadas, porém possivelmente sairá antes dos Chiefs terem a opção de draftá-lo.


No ataque, é sempre bom munir Patrick Mahomes com armas eficientes na posição de TE e WR. Considerando que a classe atual não está recheada de recebedores, o time poderá focar nessas posições na segunda escolha. Para substituir Hill, o WR Drake London (USC) combina seu bom raio de captura com ótimas mãos e rapidez, o que o torna uma ameaça de big-play e red zone num estilo Mike Evans.


Os Chiefs estão em uma posição confortável neste Draft por terem duas escolhas seguidas que poderão resolver seus maiores problemas: secundária e recebedores.


Las Vegas Raiders

Escolhas: 86, 126, 164, 165, 227

Necessidades: CB, OT, DT, WR, G


Com sua principal necessidade de WR atendida com a vinda de Davante Adams, o time abriu mão de suas 22ª e 53ª escolha, de forma que apenas irá aparecer no Draft a partir da rodada 3.


Diante disso, natural que o time foque em posições como OT para proteção de seu QB Derek Carr, afinal quanto mais tempo protegido, mais Carr poderá forçar big plays com Davante Adams. Para isso jogadores como o OT Lecitus Smith (Virginia Tech), C Zach Tom (Wake Forest) e OG Sean Rhyan (UCLA) cairiam como uma luva na linha ofensiva.


Lecitus Smith apesar de não ter as medidas físicas desejadas para a posição, é capaz de trabalhar como bloqueador de movimentos e no espaço. Sua falta de consistência como bloqueador de corrida é equilibrada por uma técnica surpreendente e sucesso na proteção de passe.


Rhyan, por sua vez, atuou como left tackle, por ser forte abrindo gaps para o jogo terrestre, cuja estatura e poder se traduzem em começar por dentro da NFL, tem um bom tamanho e joga com movimentos de área curta bastante explosivos. É facilmente adaptável para a posição de guard, conforme a necessidade do time.


Por fim, Zach Tom, também left tackle mas com adaptação para center, é extremamente impressionante na proteção de passe, apesar da falta de tamanho ou comprimento desejado. Tom é uma prioridade para equipes que tenham uma proteção interna com problemas de infiltração.


Los Angeles Chargers

Escolhas: 17, 79, 123, 160, 195, 214, 236, 254, 255, 260

Necessidades: G, OT, TE, LB, CB


O Los Angeles Chargers foi o time da AFC Oeste que menos se movimentou na offseason, tendo apenas trocado sua escolha de segunda rodada pela vinda de Khalil Mack do Chicago Bears.


A negociação de Khalil Mack e a contratação de JC Jackson não são apenas duas de suas maiores aquisições, mas duas das maiores da NFL. Mack assegura a necessidade de EDGE e Jackson preenche o vazio na secundária, mais precisamente a posição de cornerback.


Assim, os Chargers podem buscar no draft reforçar sua linha ofensiva, bem como focar em TE para profundidade de passes. Para a posição, possivelmente usem sua escolha de 3ª rodada focando em Greg Dulcich (UCLA) ou Jeremy Ruckert (Ohio St.).


Dulcich não oferecerá muito ou nada como bloqueador, mas ele é um ótimo recebedor, atlético para entrar em "movimento" em campo aberto para operar como um wideout extra em 12 jogadores. Já Ruckert é um receptor confiável com força física suficiente para muitas jardas pós recepção e tem muito espaço para se tornar um bloqueador melhor ainda.


A escolha de LB e CB ainda é uma boa saída para o time. Os nomes para essas posições são CB Andrew Booth Jr. (Clemson), LB Devin Lloyd (Utah) e CB Trent McDuffie (Washington). Booth tem força, equilíbrio e agilidade nos pés para pressionar e retardar o lançamento, mas precisará de mais desenvolvimento para evitar que especialistas em rota manipulem seus pés e quadris. Lloyd é um atleta forte e esguio que se destaca fazendo jogadas, cobrindo muito terreno contra a corrida, mas tem habilidades especiais para defender o passe, desde seu conhecimento de cobertura até seu pop blitz. McDuffie oferece grande potência e rapidez para cumprir suas atribuições de cobertura.


Por Daniela Germano



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