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TOM BRADY: O RETORNO

A notícia que dividiu o sentimento de surpresa e alegria no mundo do futebol americano, aconteceu no dia 13 de março de 2022 com o retorno do quarterback mais popular da história do esporte que, até aquele momento, anunciara sua aposentadoria definitiva por desejar focar um pouco mais em sua vida pessoal e em sua família.


Mas a paixão pelo trabalho e a necessidade de finalizar assuntos pendentes em sua carreia falaram mais alto e, em meio a tantos textos e homenagens em agradecimento por todos os momentos marcantes que sua trajetória inspirou na vida de tantas pessoas, o GOAT está de volta e sedento por mais conquistas.


Confira agora um pouco da história do atleta:

A base veio forte


Thomas Edward Patrick Brady Jr. nasceu no dia 3 agosto de 1977 na cidade de San Mateo, Califórnia. Filho mais novo de Tom Brady Sr. e Galynn Brady, ele tem três irmãs mais velhas que se chamam Nancy, Julie e Maureen.


Descrita como uma família de grande envolvimento na prática de atividades que desenvolvessem habilidades, os Bradys sempre incentivaram seus filhos a participarem ativamente de tudo que estimulasse sua competitividade e força de vontade, o que os levou a focarem em algum momento de suas vidas na área esportiva, principalmente Tom que, desde pequeno já carregava consigo grande sede de vitória e nunca aceitava perder, de acordo com a descrição de seu pai.


Joe Montana e Dwight Clark

Torcedor fanático do San Francisco 49ers, time da Califórnia localizado em Santa Clara, Baía de São Francisco, Tom assistiu a vários jogos junto de sua família, sendo esse um de seus primeiros contatos com a NFL, o qual presenciou em 1982, no estádio Candlestick Park, quando tinha apenas 5 anos de idade, uma performace fantástica de seu ídolo, o quarterback Joe Montana, que atuou na famosa jogada conhecida como "The Catch", na qual ele lançou o touchdown da vitória nas mãos do wide receiver Dwight Clark, garantindo o título de campeão da NFC contra o Dallas Cowboys.


Os 49ers ganharam seu primeiro Super Bowl naquele ano em um jogo eletrizante pela disputa do troféu Lombardi com o Cincinnati Bengals. Esse pode ser considerado o ponto chave na vida de Tom, pois naquele momento ele soube que queria seguir os passos de Joe Montana e, um dia, jogar tão bem quanto ele.


Tom aos 5 anos caracterizado como Joe Montana.

Primeiros passos como jogador


Ao longo de sua adolescência, Tom foi descobrindo outros talentos enquanto cursava a escola secundária preparatória para a faculdade, a Junipero Serra High School, jogando nas equipes de futebol, basquete e baseball, sendo a última modalidade a que mais destacou-se em 1995, jogando na posição de rabatedor canhoto e quase foi convocado para Montreal Expos, um time profissional de baseball do Canadá.


Mas Tom não se limitava quando o assunto era bom desempenho em tudo que realizava. Também atuante como quarterback no colegial, recebeu uma proposta bem mais interessante para estudar na Universidade do Michigan e, assim, defender o Michigan Wolverines enquanto cursava psicologia e administração.


Como todo princípio de um grande passo em qualquer carreira, Brady passou por algumas dificuldades nessa época ao tentar provar que estava a altura para tornar-se um jogador titular do Wolverines, enfrentando inúmeras crises de ansiedade enquanto era testado e analisado pela comissão técnica do time, sempre em busca da perfeição, não somente por sua equipe, mas por si mesmo e mostra-se capaz de fazer muito mais que o proposto, lutando assim durante dois anos por uma chance de alternar seu lugar com Brian Griese, que era o principal quarterback do Michigan, levando Tom a pensar em sair do time e ir para a Universidade da Califórnia.


Tom Brady no Michigan Stadium com alguns fãs

Em 1998, recebeu um voto de confiança do seu treinador e foi escalado para um jogo contra Notre Dame. A partir de então foram treze jogos como titular que rendeu uma vitória no Citrus Bowl (um dos campeonatos da liga universitária de futebol), com uma temporada marcada por nada menos que 15 passes para touchdowns, 12 interceptações, 2636 jardas, 10 vitórias e 3 derrotas, seguindo para o seu último ano de faculdade como titular junto a Drew Henson e, futuramente, viria a ser chamado de "Comeback Kid", o garoto da virada, encerrando com 16 passes para TD, 6 interceptações e 4.773 jardas, reformulando toda a história do Michigan Wolverines que mal sabia que iniciaria a consagração da surpreendente carreira do jovem Brady.



Rumo à NFL


Ocupante da 199° posição no draft de 2000 e com a latente confiança lançada na fala "A melhor decisão da história da franquia" dita diretamente para Robert Kraft, o presidente do New England Patriots, Tom foi selecionado pelo time na sexta rodada sob um sentimento que o perseguiu novamente por alguns momentos, a desconfiança de um bom desempenho em campo, ainda mais como um novato não muito cobiçado, já que o time não estava precisando exatamente de quarterback naquele momento, levando-o ao posto de reserva de Drew Bledsoe e jogando apenas uma partida em sua primeira temporada.

Mas, em 21 de setembro de 2001, tudo mudou. Após ser bloqueado violentamente em um jogo contra o New York Jets, Bledsoe sofreu uma lesão que não somente o tirou de campo, mas decaiu toda sua carreia, abrindo assim espaço para Tom dar as caras por completo em uma temporada surpreendente como titular. Foram 11 vitórias em seu segundo ano, conduzindo o Patriots para sua primeira aparição de tantas outras que estariam por vir no Super Bowl, sem contar nas finais de conferência que, no fim, somam o total de 9 aparições sob o comando de Brady, sendo 6 delas como campeão, fazendo mais que jus a sua promessa em ser a melhor escolha da franquia, mas o melhor na história do esporte, querido por seus companheiros de equipe, colegas de outros times e, principalmente, seus fãs.

Brady reúne em seu currículo de 22 anos de NFL muitas histórias de superação, incontáveis vitórias e derrotas que, mesmo servindo como um aprendizado, não o deixaram atrás em nenhum minuto, pois, até mesmo no silêncio, o GOAT segue fazendo mais pela nação do que nunca com seus títulos de Super Bowl que superam qualquer franquia no esporte, consagrado 5 vezes com o prêmio de MVP, 14 convites para aparição no Pro Bowl ao lado de lendas do futebol como Peyton Manning, maior número de passes para touchdown e por aí vai. Afinal, se contássemos todos os seus feitos, poderíamos passar uma vida inteira comentando de cada um deles.


Adeus Patriots, Olá Buccanners!


Quando 2020 chegou, o New England Patriots partilhou a notícia que para muitos foi considerada o fim de uma Era. Tom não jogaria mais no Patriots, dando a entender inicialmente que chegara a sua tão temida e nem um pouco aguardada aposentadoria, o que tornou-se um choque no mundo do esporte. Mas, o que ninguém esperava é que esse adeus nada mais era do que o início de um novo desafio que vinha almejando em sua carreia.


Se Tom foi capaz de ser parte da repaginação da história de um time, porque não poderia fazer o mesmo em outro lugar?


E assim inicia-se mais uma história do GOAT, dessa vez em Tampa, na Florida, com o time Tampa Bay Buccaneers e seu contrato de cerca de 30 milhões de dólares que, no fundo, talvez nunca fosse a maior ambição de Brady se não aquela de sentir o gosto da vitória mais um vez em uma nova casa, com novos desafios, estratégias, companheiros e, claro, alguns reencontros. E ele conseguiu.


Na noite de 7 de fevereiro de 2021, Brady computava em sua carreira mais um recorde que, apesar de não surpreender a todos, apenas reafirmou a certeza de que, no quesito em ser o melhor, ele é imbatível.


Em uma vitória quase que tranquila contra o campeão do Super Bowl de 2020, o Kansas City Chiefs, Tampa venceu por 31x9 em sua segundo disputa pelo título o qual ganhou pela primeira vez em 2003, porém só voltaria a segurar o troféu Lombarbi 17 anos depois, com a estreia de Tom Brady no time.


Aposentadoria. Será?


Apesar da notícia passageira de sua repentina aposentadoria esse ano, não era de se esperar a saída tão facilmente da lenda. Afinal, mais do que estar em campo, cada jogo é um triunfo particular para Brady, não tratando-se apenas de ganhar palco, mas sobre o amor incondicional ao futebol americano e o sentimento de pertencimento a algo que é capaz de tocar não somente a si mesmo, mas ser o exemplo de tantas pessoas que, assim como ele, aprendem que cada avanço é um sinal de esperança e saber que somos capazes de fazer qualquer coisa. Com toda certeza, é exatamente o que veremos nessa temporada de 2022/23 do "marido da Gisele".



Imagens: Joe Montana's Right Arm, San Francisco 49ers, Detroit Free Press, NBC Sports, Harpers Bazaar.

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